terça-feira, 8 de outubro de 2013

Aqueles como eu


Isso eu escrevo para aqueles como eu, que sempre antes de deitarem pensam: "como posso ser melhor amanhã?". Isso é para aqueles que mesmo tentando seu melhor, se deixam levar por momentos de pura preguiça, mas com um atormentar dentro de seus corações por não estarem usando este momento para criarem. Isso é para aqueles que vivem sonhando acordado, aqueles sonhos que nos queremos que se tornem realidade. Isso é para aqueles que ao acordar olham para o lado da cama, e assim, encontrassem alguém ali, que apenas nos diria, "bom dia".
Isso é para aqueles que mesmo altas horas da noite no trabalho gastando seu talento em algo que não lhe trará glória ou alegrias, acredita que poderia fazer mais por aquilo. Isso é para aqueles que mesmo com já tantas metas cumpridas, dizem a si mesmo que não é o bastante, para aqueles que mesmo cansados, tentam fazer mais por acreditar nas suas ideias. Aqueles que tem uma opinião forte, mas não conseguem ter palavras amigas por apenas querer o melhor dos que estão a sua volta.
Isso é para aqueles que não adimiram uma tela em branco, vem nela uma chance de criar mundos, mundos que jamais existirão, mas que fornecem inspiração para aqueles que vem a sua visão.
Isso é para aqueles que ao andar na rua se perguntam para onde as demais pessoas estão indo, para aqueles que se sentem remando contra a correnteza, tudo porque suas ideias não são a mesma da maioria.
Isso é para aqueles que mesmo andando numa estrada reta, se questionam como seria entrar pelo meio do mato e seguir em frente. Aqueles que olham um mapa, e vem um nome de um lugar longínquo, nunca antes citado, e imagina toda a historia das pessoas que estão lá, e o principal, se tem alguém pensando o mesmo que você.
Isso definitivamente não é para aqueles que esperam que a vida se transforme por nós, mesmo todos tendo um pouco desse sentimento dentro de nossos corações. Pois a vida é infinita de possibilidades. Não havia apenas um caminho, muito menos tão qual apenas uma pedra. Na humilde opinião de ser vivente desse pequeno morador do ponto azul no universo, Drummond esqueceu de mencionar que após a pedra tinha um pedaço de pudim, porque eu gosto de pudim, e tendo só um pedaço eu iria querer mais, e podessem vir quantas pedras fossem, eu sabia que era só um pedaço, o pudim ainda deveria de ter mais seguindo em frente pelo caminho.
Afinal é isso que eu acredito. E sonho que outros acreditam nisso também. Que quando você estiver exaurido, sem mais forças, desgastado pela rotina, pelo trabalho que outros te passaram, pensando quando os seus sonhos vão se realizar. Quando não houver mais nada nesse corpo, e o brilho dos seus olhos se apagarem, e então seu cérebro assumir a rotina e continuar só fazendo apenas seu corpo seguir para frente, vc estará sem nada.
E ai então, se uma vez mais o seu espírito pedir: "eu quero mais que isso", você terá encontrado você mesmo, e as coisas vão acontecer.
Isso é para aqueles como eu que continuam acreditando, por que é tudo que nos resta. Acreditar.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Go on


Eu acredito (já enfatizando que esse texto é totalmente sobre minha visão de algo, por te-lo iniciado com "eu" no início), que a maioria das pessoas aguarda ansiosamente que um acontecimento misterioso, ou que um feito realizado mude totalmente suas vidas. Claro, sou assim um pouco também.
Um prêmio, mudança de endereço, novas roupas, uma viagem, uma promoção, um café ou mesmo uma mera troca de olhares enquanto passamos por algum lugar e vemos alguém interessante.
A vida é claro, sempre tem surpresas por si mesma, mas gastamos tanta energia em coisas que nem se quer acontecem, que elas acabam do jeito que começaram. Nem se quer existindo.
Mudar a própria vida em único lance, uma jogada fenomenal, é algo difícil de se fazer, diria que é como um all-in do poker, antes do flop (a virada das 3 cartas iniciais), o seu par de ás, pode muito bem perder para o flush de alguem. Mudar-se é uma combinação de tantos fatores, que fica até difícil demais de nos mesmos percebemos se esse momento esta acontecendo.
Claro que eu levanto esperando viver melhor, trabalhar melhor, realizar mais, mas acabo ficando como a maioria, e espero o "destino" fazer alguma mágica por mim. O pior é a consciência de saber que não funciona assim, que todos os dias estamos trabalhando para mudar nosso destino, ou vida, Seja lá como vc queira chamar.
O acaso, talvez até exista. Mesmo eu investindo nos últimos dois meses nele, talvez é o que menos acontece, de alguma forma as coisas acontecem devido as nossas ações, sejam elas pequenas ou grandiosas, mas feitas apenas com a intenção de fazer o nosso melhor. Realizadas diariamente, porque a única coisa que sempre acredito, por mais que venham os dias ruins, é que há algum controle sobre a própria vida, que podemos ir na direção que queremos.
A morte é nosso único limite, nem mais o céu se mostrou um limite para o homem, porque ficar com medo então de apenas viver os seus dias, enquanto vc pode, de uma maneira espontânea e feliz tentar tudo aquilo que quiser? Como eu costumo dizer para mim mesmo, “os sonhos não vão te levar exatamente onde você quer chegar, mas produzem a força necessária para te mover de onde você esta”.

Go on.


terça-feira, 20 de agosto de 2013

As mesmas ruas, as mesmas pessoas.


As mesmas ruas, os mesmo lugares, alguns com uma pintura nova, ou trocou o portão de entrada da fachada da loja. Já as pessoas continuam as mesmas, mais velhas é claro. E para aquelas que não estão mais por aqui, parece que de algum modo entra um substituto no lugar para ficar conhecido como "aquele tiozinho lá", ou "Zé do 30".
Mais ou menos assim que vejo a vida no bairro onde moro. Vivo aqui desde que me entendo por gente, hoje tenho 25.
É estranho, ou normal, mas enquanto alguns assume a casa dos próprios pais, ou viram de certa forma os próprios pais, tanto na forma física como no comportamento e hábitos, eu sempre me vejo olhando pra dentro de mim e pensando, "o que ainda estou fazendo aqui?".
Cada vez mais o lugar onde vivo, a casa em si tambêm, vira a casa dos meus pais. Não tenho quase nenhuma ligação com lá sem ser eles. Isso é um bom sinal? Me pergunto.
Não tenho muito para onde "fugir", não ainda. E nem sei se essa vontade é mais gerada por um medo de virar uma dessas "pedras" que não mudam de estado e lugar, do que uma real necessidade.
Sou filho único, argumentar que quero morar sozinho, fica me parecendo uma besteira, porque não juntar uma grana e dar uma entrada em um apto? É sempre o que todos me falam.
São bastante perguntas, quase todas criadas por essa visão do bairro onde vivo que não muda, ou eu que mudei demais e já próprio nem me reconheço mais.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Alguns remédios, algumas roupas novas

Faz umas 3 semanas que minha vida mudou de fato. Novas roupas, novos compromissos, novas pessoas, algumas outras historias e alguns remédios para tomar para controlar problemas únicos e exclusivos da nossa própria cabeça, mesmo tendo ciência que eles ñ existem. Até a Cintiq eu trouxe para o trabalho.
Como é tudo isso?
Estranho e misterioso em todos os sentidos dessas duas palavras. Antes eu tinha total certeza do meu caminho, agora sigo um lobo Guará, que a única coisa que sei, é que ele me leva até uma gruta escondida em algum lugar. O que tem lá dentro é a pergunta que me faço, no fundo de verdade, não faço ideia, mas aquilo que nos chamamos de intuição, me diz que tenho de seguir ele, ver no que vai dar.
Na verdade, sinto apenas que ele me mostrou o caminho, pois quem deve entrar sou eu, ele só esta ali para me mostrar a porta, ele tem as próprias coisas dele para fazer. 
O que eu faço?
Papeis invertidos, foi isso que falei com um amigo este final de semana. Alguém que espero poder estar ao meu lado, para eu ver ele crescer grandiosamente em sua própria vida. É engraçado como algumas pessoas você conhece e sabe, essa pessoa será minha amiga pra sempre, mesmo que o sentido dessa palavra seja questionável. Eu continuo, seja lá para onde for. 
Minha mãe este final de semana me disse para eu ser mais pé no chão, mas tudo que consegui, foi porque eu desafiei ela, hum... É, talvez esse negocio de intuição funcione, quem sabe. Porque por mais que várias coisas hoje não são as mesmas, eu realmente acho, que o que fazemos ecoa na eternidade, ou pelo menos, se não ecoar, dá para dar algumas risadas.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Paciência, confiança e erros


"Errar é humano!"
Alguem, provavelmente tentando se desculpar.


Erramos. É inevitável. Achamos que era uma coisa, e na verdade é outra. Dizemos algo, que quando paramos para pensar por dois segundos, "caramba, o que foi que eu fiz?".
Existe para mim, dois tipos de erro. O da inocência, quando você realmente desconhece algo, e pela sua falta de conhecimento, diz ou faz algo errado, um erro leve. Algo normal que acontece no dia a dia de uma criança descobrindo o mundo. E há o erro errado, se posso definir assim. Este, acontece por “N” motivos. Arrogância, medo, perca, sofrimento, orgulho, nunca por coisas positivas, sempre num momento ruim, é que você vai descobrir a sua natureza, suas fraquezas, e em consequência, como você reagi e erra perante os problemas.
O meu erro para eu escrever esse texto, foi gerado por dois motivos, que me levaram ao medo. A falta de paciência e confiança. Sou uma pessoa, como todo ser humano, egoísta, mas não na medida certa, excedo um pouco na minha própria pessoa. Faço e falo muita besteira para me favorecer, mas inconscientemente. De forma alguma, faço algo de propósito nos meus momentos egoísta para magoar alguém. Isso sempre me levou a não ser alguém paciente. Não aguentar filas, demoras, atrasos, lugares apertados, coisas que não gosto de fazer, ou apenas algo desconhecido. Enfim, vendo assim, sou um cara bem chato, mas não por mal, sempre me senti sozinho, e não acreditava que poderia ter pessoas que gosto tanto ao meu lado.
Já a falta de confiança, é o sentimento que leva mais direto ao medo, ou o medo me levou a ela. Quando você tem medo de perder algo importante, é natural ficar triste, mas a pior coisa que acontece, é você procurar motivos para a perca, pois essa racionalização da perca, faz você querer culpados. E fazendo isso, inevitavelmente você perde a confiança em algo, e pior, mesmo não tendo motivos para desconfiança, você faz mesmo assim.

Uma pessoa que amo me pediu paciência inúmeras vezes, e não nunca consegui ter, ou simplesmente ignorei, achando que minhas atitudes estavam certas, não confiei nela. É um tipo de traição, logo, eu errei.

Errando se aprende. Hoje no ônibus admirei o céu cinza desse tempo de chuva, pensando sobre a paciência enquanto a ônibus seguia pelo transito de São Paulo. Uma hora ou outra um facho de luz do Sol atravessava pelas nuvens, foi bonito de se ver.
Há coisas que vamos errar pela vida toda. Mas será muito mais um traço da nossa personalidade do que algo que esta destruindo nossa vida. Mas aquilo que trai a confiança de quem amamos, temos de aprender a parar, e olhar para isso, e melhorar.
Tudo bem que pode haver situações totalmente fora do nosso controle. Recentemente eu perdi minha madrinha, o que me fez muito mal, por estar carregando outras coisas junto, e tirei conclusões totalmente erradas em cima do que uma pessoa tentou fazer para mim. Eu acho que nessas horas de dor, deveríamos saber no mínimo ficar em silêncio, mas eu nunca tinha passado por isso antes, como acha que conseguiria agir bem? Na teoria tudo funciona, mas quando vamos a pratica, é muito dificil de ser racional, e não estar rodeado pelos seus sentimentos apenas procurando soluções para aliviar sua dor.
Tirando este caso, o outros 90% de coisas que acontecem na sua vida, são devidos a coisas que você faz, das suas atitudes. Um amigo, recentemente, queria culpar a vida por coisas que ele tinha feito, e eu disse, a vida poucas vezes faz algo. Na maior parte do tempo, somos nos que estamos dirigindo.
Parei para ler um pouco esse próprio texto, e acho que é parar de viver a vida como um programa de perguntas e respostas, onde você erra, e você ira para fora do palco, perdendo assim, tudo que tinha conseguido até então.
Você apenas vive, para si e as pessoas que estão a sua volta.
Eu me cobro a um ponto, que eu ñ poderia ser humano para atender nem 20% do que eu digo que tenho de fazer. Erros, e erros e erros.
Você só vai percebe-los, na maioria das vezes, quando eles explodirem. Pois relacionamentos humanos não são como uma vistoria de um carro, que você faz antes de uma viagem. Eles normalmente te machucam, para você sempre poder lembrar, e não ficar os cometendo sempre.

O erro, quando percebido por si mesmo, trás dor, e isso apesar de trazer muito sofrimento, vai te fazer melhor. Como um remédio de gosto amargo.
No final... Bem, quando errar, fique em silêncio, pense o porque fez aquilo. Se você não quer ser magoado, não magoe as pessoas que te amam.
Espere, e tenha calma, e peça desculpas quando estive com a cabeça no lugar. As pessoas que te amam, sempre te entenderam. Mas não abuse, ninguém pode aguentar o sofrimento do próximo para sempre, elas te entenderam e te amaram até o ponto em que você deixar de entende-las, e continuar os seus erros do mesmo jeito.

Você não pode culpa-las, ou julga-las, elas são uma pessoa como você, que estão sofrendo por tentar te ajudar. Se você melhorar, elas vão estar lá. Confie, pois assim como você pensa de um jeito, as outras pessoas são tão humanas como você, dificilmente elas vão pensar diferente do que você mesmo próprio pensa.
E da mesma forma que você perdoa alguém que gosta, por saber, que aquilo só foi um momento mais difícil da pessoa, as outras pessoas também vão te perdoar.
Paciência e confiança.
Cada vez mais eu tenho mais convicção que por tudo que você batalha de coração, com sinceridade, você terá recompensas.
Todo o sofrimento que tive, foi única e exclusivamente causado por mim mesmo. É difícil admitir o erro. Mas é burrice você continuar nele.
Paciência e confiança.

O que estou tentando dizer para mim mesmo apenas, é pare de complicar. Tantos momentos te levarão aqui, e você os esqueceu completamente só porque apareceu uma dificuldade no seu caminho. Confie nas pessoas que te amam, elas nunca te abandonaram, pois ela confiam em você. Aquela época, que você todo dia estava sozinho, e achou que nunca iria te amar já foi. Siga e confia, você abandonaria as pessoas que você ama? Não! Então elas tambêm não vão te abandonar.

Eu sempre disse para a pessoa que amo, para os meus pais, e para meus bons companheiros que estão ao meu lado, “tudo vai dar certo, você vai ver!”.
Eu entendo algumas coisas agora. Doi? Talvez, acho que me dei muito sofrimento demais para continuar nesse caminho.Pois, quando fiquei totalmente perdido, sabe o que essas pessoas me disseram?

Sim, vai dar tudo certo, basta paciência. Confiei, você vai ver.

domingo, 30 de junho de 2013

Minha mãe

Como todo filho, discuti já muito com minha mãe. Brigamos, discordamos, não nos entendemos inúmeras vezes. Ela com a visão do que seria melhor para mim, eu com meus desejos pessoais, mas no final ela nunca deixa de ser sua mãe.
Recentemente perdi pessoas na minha vida, tanto um adeus, quanto o triste fim da vida. É muito difícil manter a cabeça no lugar, falar coisas boas, conseguir levantar a cabeça e seguir em frente. Principalmente quando se está sofrendo pelos dois lados, e desesperado, por apenas não querer ficar sozinho, e ter medo de algo de pior te aconteça.
Hoje no entanto, foi aniversário da minha mãe, Dona Dalva, 54 anos. Não é todo dia que se faz aniversário. Resolvi, dentro do possível do meu jeito desleixado, fazer o melhor pra ela.
Durante as várias vezes que brigamos, principalmente por eu querer seguir algo profissionalmente, que não à deixava feliz, eu nunca deixei de acreditar que um dia, ela seria a favor de mim. Nunca desisti, e mudei, para o bem, a opinião dela.
Recentemente em meio a tanta tristeza, eu fiquei pensando em tantas coisas que falei para mim mesmo fazer, apenas para querer me provar que era merecedor. Pois achava que se fizesse algo grande da minha vida, ai sim seria digno. Não conseguia ver apenas, que tudo que precisava, era olhar para a pessoa que sempre cuidou de mim, e ver que para ela, eu já era merecedor. Eu posso querer mais da minha vida, melhorar, ter um bom futuro, mas estava me estressando tanto, sem ver que lá no futuro, eu não teria nenhuma lembrança de bons momentos com a pessoa mais importante da minha vida.

Dê um abraço na sua mãe, diga que a ama. Se ela é uma boa mãe, mesmo em todos os momentos ruins, ela sempre vai te amar, e sempre vai cuidar de você, mesmo quando as coisas não parecerem tão boas assim.

sábado, 29 de junho de 2013

Perdas

Gostamos das coisas, inevitável. Gostar, amar algo é extremamente humano. Tão simples algumas crenças falar sobre não se apegar para encontrar algo maior. Mas como deixar de sorrir a um abraço, a um aperto de mão, a um reencontro, a uma voz familiar lhe querendo bem. Saudade também é normal nos nossos dias. E parando para ver, se até os animais mais humanizados sentem falta, e gostam de algo como nos, então eu não vejo porque pregar essa quebra com isso.
Perder é difícil. Doí muito. Mas é humano, querer ignorar isso é não querer sofrer. Desisto da iluminação. Parece-me muito mais um caminho para quando somos adolescentes, e achamos que o mundo é injusto. Prefiro sentar aqui com aqueles como eu, que querem viver, mesmo que isso implique em dias dificies.

Entre uma tempestade e outra, o Sol sempre vai aparecer de novo algum dia.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

As peças redondas nos buracos quadrados


No discurso que Steve Jobs fez na faculdade de Standford, ele falou sobre ligar os pontos. Coisas que em certos momentos da nossa vida fazemos, e parece não ter um certo proposito, ou um real resultado daquilo naquela exato momento, e que somente lá na frente, depois de anos vividos, nos vamos entender.
Quando tentamos olhar para nos mesmo, nossas próprias historias, é difícil saber qual o significado do que fazemos, para o que vamos usar estas coisas, ou porque passamos por situações, muitas vezes, ruins. É só depois de muito tempo que olhando pra trás nos vamos ver mesmo como as coisas aconteceram.
Recentemente, ouvi histórias sensacionais de uma pessoa. De como ela passou por um dos períodos mais esquisitos da nossa vida moderna, a fase que temos de ir a escola.
A escola é o ambiente mais bizarro que há na sociedade atual. Vc esta lá teoricamente para aprender, se preparar para uma vida adulta, para poder entrar em uma universidade e ter um bom emprego. Mas hoje, depois de ter concluído essa fase, eu vejo mais como uma experiência para entendermos sobre a vida em grupo, por pior que ela seja, saber nossa posição nesse mundo, mesmo que nosso comportamento mude depois de alguns anos, mas aqueles princípios que criamos nesse momento da nossas vidas, hoje observo que eles ficam muito marcados em nos, nessa fase, que nos a cada dia estamos nos transformando e mudando.
É nesse período que vamos conhecer boa parte de nossos amigos e companheiros de histórias, mesmo que eles não estejam necessariamente estudando na mesma escola, as coisas que acontecem lá, impulsionam a gente para perto dessas outras pessoas.
As histórias que ouvi foram sobre uma garota que acredito que como muitas, tiveram os mesmos problemas que a galera enfrenta nesse período. Mas existe um diferencial que foi conquistador ela me descrevendo. Não foi como um conto de fadas, onde se foca na princesa encontrar seu príncipe, mas sim na união com aqueles que mais precisavam de amizade, incluindo nós mesmos.
Eu sofri muito bullying até o meu primeiro ano colegial, pelo simples fato de ser o cara que sabia responder as questões dos exercícios de matemática e ser diferente do perfil dos demais. A garota da história tinha sua questão com o peso, sempre fora a "gorda" da escola.Durante toda essa boa parte do ensino, as pessoas focaram muito mais no que ela parecia, e não em quem era.
Eu passei por algo semelhante, então sei o que é isso. Houve um ano no entando, não o ano  todo só para constar, que me lembro bem, e nunca me esqueci. Eu, em um novo colégio, tentei me juntar as pessoas que eram aqueles que implacariam comigo se não estivesse ao lado delas, que fariam chacota da minha cara, ou que simplesmente me bateriam por ser diferente deles. Eu ficava ali, rindo daquelas coisas que não faziam sentido para mim, ou tentando ser um deles. Mas eu logo vi, que não era aquele lado que eu queria, e como se num piscar de olhos, eu voltei para onde acreditava ser o meu lugar, e eles começaram a me zuar. Mas de consciência leve comigo mesmo, por mais dificil que era.
Já com a garota, ela sempre se juntou as pessoas que assim como ela, somente não eram compreendidas ou aceitas como elas são. Quisera eu nunca ter me desviado, nem por um segundo sequer desse caminho.
Crescemos com traumas? Claro que sim, acho que todos nos de alguma forma. Mesmo aqueles que são os escrotizadores.
Esses traumas lá na frente, se nunca resolvidos, nos cobram de qualquer jeito, pois o caminho de se fazer o melhor para si e para os demais, é o caminho mais dificil, mas de longe muito mais recompensador.
A garota hoje em dia é uma pessoa muito bonita e atraente, e tão mais bela como pessoa também, assim como as pessoas que a acompanharam nesse caminho, e junto dela não deixaram de acreditar em ser uma boa pessoa, alguem legal.
Nem todo mundo que conhecemos, é afetado por essa “mágia”, mas um ou outro sim, e essas pessoas sempre ficarão do nosso lado. Tentando ligar os pontos, o conto que mais sempre ocorre é o do patinho feio na vida pessoal de cada um de nos.
É dificil conseguir ficar no caminho certo por toda uma vida toda, aguentando humilhações, não sendo compreendido, ou não se sentir excluído e sozinho. Mas se vc aguenta firme, mesmo quando caimos, e nos levantamos e seguimos o caminho certo, nos viramos o mais Belo cisne, como no conto de fadas.
Porque hoje, olhando para essas coisas, eu consigo entender que as pessoas apenas tinham, e sempre tem medo daquilo que não entendem ou conhecem, mesmo quando é um outro ser humano como ele. Mas que aprendendo com a história que me foi contada, continue no caminho e faça o seu melhor para todos. Pois quando encontramos alguém que nos fez mal, aquela pessoa sempre carrega aquele olhar de culpa, de peso para o resto da vida quando nos vê. Enquanto, que como aprendi, vc fazendo seu melhor seguira em frente, para os novos desafios da vida, e de mente limpa.
Sinto que ainda falta muito para eu conseguir ver, e entender como ligar os pontos da minha história pessoal. Mas vendo a de uma outra pessoa, pelo menos renovo a fé de acreditar que as coisas sim, acontecem por algum motivo, e que as coisas dão certo, de algum jeito, mas dão.

Deixo o texto do Steve Jobs, que foi feito para a campanha quando ele voltou para a Apple, e levantou e revolucionou a empresa.

“Isso é para os loucos, os desajustados, os rebeldes, os encrenqueiros. As pecinhas redondas nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de maneira diferente. Eles não seguem as regras e não respeitam os status quo. Você pode citá-los, discordar-los, glorificá-los ou difamá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles modificam coisas, eles empurram a raça humana para frente. E enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como gênios. Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo, são as que realmente mudam.”

domingo, 16 de junho de 2013

Lá e de volta outra vez

Já há algum tempo eu tenho vontade de criar um blog não para expor desenhos, como costumeiramente eu faço, no estilo de vitrine, mas sim, para colocar minhas idéias, escrever, falar, e eventualmente colocar um desenho, sem o compromisso de ser um desenho tecnicamente rebuscado, como eu procurei fazer grande parte da vida que desenho. Colocar apenas um desenho que ajude a contar alguma história, onde essa história, essa jornada é o mais interessante.
Hoje, durante o caminho de volta para casa no carro com uns amigos, eu falei dessa idéia, e pensei, por que não? Nada me prende, nem hoje, nem antes, então vi que poderia fazer de maneira simples, e fazer, para poder realizar essa tão já aguardada vontade.
Então começo agora, sem pretensões, sem layout bonito, mas logo deve vir alguma coisa, para preencher pelo menos o topo do layout.

“I’m going on a adventure”

Essa é frase dita por Bilbo Bolseiro correndo atrás do anões e Gandalf, quando estava saindo do condado para a jornada até o tesouro guardado pelo dragão Smaug.

Depois de ver o filme do Hobbit, eu costumo sempre dizer isso quando saio de casa. Mesmo para ir ao trabalho todos os dias. Um dia novo, uma nova aventura.
Hoje graças a grandes amigos, eu fui conhecer dois lugares que não conhecia. A casa do irmão de um desses grande amigos, que fica em Campinas, e a casa onde mora os pais da minha amiga que fica em Itu. Esses amigos, são um casal, e tem uma linda menina.
Foi um domingo bem comum, feijoada, amigos de amigos, crianças, mães, cerveja (eu não bebo), truco, que mesmo não sabendo jogar, eu tentei. Me divertia em ver como as pessoas se divertiam. Isso pra mim, muitas vezes já basta.
Já na ida a casa dos pais da minha amiga, foi uma experiência um pouco menos comum. A mãe dela, como ela já havia me contado muitas vezes, é uma pessoa com muitos, mas muitos problemas, e inevitavelmente a casa, o clima do ambiente, até as coisas na casa refletem isso.
Algumas outras vezes, eu tinha conhecido já o pai dela, achado ele um pouco, vamos que dizer, insistente em alguns assuntos não muito interessantes. Mas vendo ele ali, sabe, cuidando daquela pessoa entendi que ele no fundo é muito sozinho, e fiquei muito triste por ele. Ninguem o prende ali, mas ele continua com ela, cuidando dela. Algumas coisas nos nunca vamos entender, mas nos aprendemos mesmo assim com elas.
Tive um jantar com esses amigos, e depois voltei para casa. Fui lá, e voltei, sentei, desenhei esses dois desenhos.
Minha mãe veio avisar que iria dormir, eu a abrasei, lhe desejei boa noite. Ela me perguntou se estava tudo bem, eu disse: Acho que agora sim.

Um bom dia no final das contas, como toda aventura deve ser.

Um Fusca movido a bananas, uma idéia que poderia ser muito interessante.

Os olhares na minha direção no truco.