domingo, 30 de junho de 2013

Minha mãe

Como todo filho, discuti já muito com minha mãe. Brigamos, discordamos, não nos entendemos inúmeras vezes. Ela com a visão do que seria melhor para mim, eu com meus desejos pessoais, mas no final ela nunca deixa de ser sua mãe.
Recentemente perdi pessoas na minha vida, tanto um adeus, quanto o triste fim da vida. É muito difícil manter a cabeça no lugar, falar coisas boas, conseguir levantar a cabeça e seguir em frente. Principalmente quando se está sofrendo pelos dois lados, e desesperado, por apenas não querer ficar sozinho, e ter medo de algo de pior te aconteça.
Hoje no entanto, foi aniversário da minha mãe, Dona Dalva, 54 anos. Não é todo dia que se faz aniversário. Resolvi, dentro do possível do meu jeito desleixado, fazer o melhor pra ela.
Durante as várias vezes que brigamos, principalmente por eu querer seguir algo profissionalmente, que não à deixava feliz, eu nunca deixei de acreditar que um dia, ela seria a favor de mim. Nunca desisti, e mudei, para o bem, a opinião dela.
Recentemente em meio a tanta tristeza, eu fiquei pensando em tantas coisas que falei para mim mesmo fazer, apenas para querer me provar que era merecedor. Pois achava que se fizesse algo grande da minha vida, ai sim seria digno. Não conseguia ver apenas, que tudo que precisava, era olhar para a pessoa que sempre cuidou de mim, e ver que para ela, eu já era merecedor. Eu posso querer mais da minha vida, melhorar, ter um bom futuro, mas estava me estressando tanto, sem ver que lá no futuro, eu não teria nenhuma lembrança de bons momentos com a pessoa mais importante da minha vida.

Dê um abraço na sua mãe, diga que a ama. Se ela é uma boa mãe, mesmo em todos os momentos ruins, ela sempre vai te amar, e sempre vai cuidar de você, mesmo quando as coisas não parecerem tão boas assim.

sábado, 29 de junho de 2013

Perdas

Gostamos das coisas, inevitável. Gostar, amar algo é extremamente humano. Tão simples algumas crenças falar sobre não se apegar para encontrar algo maior. Mas como deixar de sorrir a um abraço, a um aperto de mão, a um reencontro, a uma voz familiar lhe querendo bem. Saudade também é normal nos nossos dias. E parando para ver, se até os animais mais humanizados sentem falta, e gostam de algo como nos, então eu não vejo porque pregar essa quebra com isso.
Perder é difícil. Doí muito. Mas é humano, querer ignorar isso é não querer sofrer. Desisto da iluminação. Parece-me muito mais um caminho para quando somos adolescentes, e achamos que o mundo é injusto. Prefiro sentar aqui com aqueles como eu, que querem viver, mesmo que isso implique em dias dificies.

Entre uma tempestade e outra, o Sol sempre vai aparecer de novo algum dia.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

As peças redondas nos buracos quadrados


No discurso que Steve Jobs fez na faculdade de Standford, ele falou sobre ligar os pontos. Coisas que em certos momentos da nossa vida fazemos, e parece não ter um certo proposito, ou um real resultado daquilo naquela exato momento, e que somente lá na frente, depois de anos vividos, nos vamos entender.
Quando tentamos olhar para nos mesmo, nossas próprias historias, é difícil saber qual o significado do que fazemos, para o que vamos usar estas coisas, ou porque passamos por situações, muitas vezes, ruins. É só depois de muito tempo que olhando pra trás nos vamos ver mesmo como as coisas aconteceram.
Recentemente, ouvi histórias sensacionais de uma pessoa. De como ela passou por um dos períodos mais esquisitos da nossa vida moderna, a fase que temos de ir a escola.
A escola é o ambiente mais bizarro que há na sociedade atual. Vc esta lá teoricamente para aprender, se preparar para uma vida adulta, para poder entrar em uma universidade e ter um bom emprego. Mas hoje, depois de ter concluído essa fase, eu vejo mais como uma experiência para entendermos sobre a vida em grupo, por pior que ela seja, saber nossa posição nesse mundo, mesmo que nosso comportamento mude depois de alguns anos, mas aqueles princípios que criamos nesse momento da nossas vidas, hoje observo que eles ficam muito marcados em nos, nessa fase, que nos a cada dia estamos nos transformando e mudando.
É nesse período que vamos conhecer boa parte de nossos amigos e companheiros de histórias, mesmo que eles não estejam necessariamente estudando na mesma escola, as coisas que acontecem lá, impulsionam a gente para perto dessas outras pessoas.
As histórias que ouvi foram sobre uma garota que acredito que como muitas, tiveram os mesmos problemas que a galera enfrenta nesse período. Mas existe um diferencial que foi conquistador ela me descrevendo. Não foi como um conto de fadas, onde se foca na princesa encontrar seu príncipe, mas sim na união com aqueles que mais precisavam de amizade, incluindo nós mesmos.
Eu sofri muito bullying até o meu primeiro ano colegial, pelo simples fato de ser o cara que sabia responder as questões dos exercícios de matemática e ser diferente do perfil dos demais. A garota da história tinha sua questão com o peso, sempre fora a "gorda" da escola.Durante toda essa boa parte do ensino, as pessoas focaram muito mais no que ela parecia, e não em quem era.
Eu passei por algo semelhante, então sei o que é isso. Houve um ano no entando, não o ano  todo só para constar, que me lembro bem, e nunca me esqueci. Eu, em um novo colégio, tentei me juntar as pessoas que eram aqueles que implacariam comigo se não estivesse ao lado delas, que fariam chacota da minha cara, ou que simplesmente me bateriam por ser diferente deles. Eu ficava ali, rindo daquelas coisas que não faziam sentido para mim, ou tentando ser um deles. Mas eu logo vi, que não era aquele lado que eu queria, e como se num piscar de olhos, eu voltei para onde acreditava ser o meu lugar, e eles começaram a me zuar. Mas de consciência leve comigo mesmo, por mais dificil que era.
Já com a garota, ela sempre se juntou as pessoas que assim como ela, somente não eram compreendidas ou aceitas como elas são. Quisera eu nunca ter me desviado, nem por um segundo sequer desse caminho.
Crescemos com traumas? Claro que sim, acho que todos nos de alguma forma. Mesmo aqueles que são os escrotizadores.
Esses traumas lá na frente, se nunca resolvidos, nos cobram de qualquer jeito, pois o caminho de se fazer o melhor para si e para os demais, é o caminho mais dificil, mas de longe muito mais recompensador.
A garota hoje em dia é uma pessoa muito bonita e atraente, e tão mais bela como pessoa também, assim como as pessoas que a acompanharam nesse caminho, e junto dela não deixaram de acreditar em ser uma boa pessoa, alguem legal.
Nem todo mundo que conhecemos, é afetado por essa “mágia”, mas um ou outro sim, e essas pessoas sempre ficarão do nosso lado. Tentando ligar os pontos, o conto que mais sempre ocorre é o do patinho feio na vida pessoal de cada um de nos.
É dificil conseguir ficar no caminho certo por toda uma vida toda, aguentando humilhações, não sendo compreendido, ou não se sentir excluído e sozinho. Mas se vc aguenta firme, mesmo quando caimos, e nos levantamos e seguimos o caminho certo, nos viramos o mais Belo cisne, como no conto de fadas.
Porque hoje, olhando para essas coisas, eu consigo entender que as pessoas apenas tinham, e sempre tem medo daquilo que não entendem ou conhecem, mesmo quando é um outro ser humano como ele. Mas que aprendendo com a história que me foi contada, continue no caminho e faça o seu melhor para todos. Pois quando encontramos alguém que nos fez mal, aquela pessoa sempre carrega aquele olhar de culpa, de peso para o resto da vida quando nos vê. Enquanto, que como aprendi, vc fazendo seu melhor seguira em frente, para os novos desafios da vida, e de mente limpa.
Sinto que ainda falta muito para eu conseguir ver, e entender como ligar os pontos da minha história pessoal. Mas vendo a de uma outra pessoa, pelo menos renovo a fé de acreditar que as coisas sim, acontecem por algum motivo, e que as coisas dão certo, de algum jeito, mas dão.

Deixo o texto do Steve Jobs, que foi feito para a campanha quando ele voltou para a Apple, e levantou e revolucionou a empresa.

“Isso é para os loucos, os desajustados, os rebeldes, os encrenqueiros. As pecinhas redondas nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de maneira diferente. Eles não seguem as regras e não respeitam os status quo. Você pode citá-los, discordar-los, glorificá-los ou difamá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles modificam coisas, eles empurram a raça humana para frente. E enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como gênios. Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo, são as que realmente mudam.”

domingo, 16 de junho de 2013

Lá e de volta outra vez

Já há algum tempo eu tenho vontade de criar um blog não para expor desenhos, como costumeiramente eu faço, no estilo de vitrine, mas sim, para colocar minhas idéias, escrever, falar, e eventualmente colocar um desenho, sem o compromisso de ser um desenho tecnicamente rebuscado, como eu procurei fazer grande parte da vida que desenho. Colocar apenas um desenho que ajude a contar alguma história, onde essa história, essa jornada é o mais interessante.
Hoje, durante o caminho de volta para casa no carro com uns amigos, eu falei dessa idéia, e pensei, por que não? Nada me prende, nem hoje, nem antes, então vi que poderia fazer de maneira simples, e fazer, para poder realizar essa tão já aguardada vontade.
Então começo agora, sem pretensões, sem layout bonito, mas logo deve vir alguma coisa, para preencher pelo menos o topo do layout.

“I’m going on a adventure”

Essa é frase dita por Bilbo Bolseiro correndo atrás do anões e Gandalf, quando estava saindo do condado para a jornada até o tesouro guardado pelo dragão Smaug.

Depois de ver o filme do Hobbit, eu costumo sempre dizer isso quando saio de casa. Mesmo para ir ao trabalho todos os dias. Um dia novo, uma nova aventura.
Hoje graças a grandes amigos, eu fui conhecer dois lugares que não conhecia. A casa do irmão de um desses grande amigos, que fica em Campinas, e a casa onde mora os pais da minha amiga que fica em Itu. Esses amigos, são um casal, e tem uma linda menina.
Foi um domingo bem comum, feijoada, amigos de amigos, crianças, mães, cerveja (eu não bebo), truco, que mesmo não sabendo jogar, eu tentei. Me divertia em ver como as pessoas se divertiam. Isso pra mim, muitas vezes já basta.
Já na ida a casa dos pais da minha amiga, foi uma experiência um pouco menos comum. A mãe dela, como ela já havia me contado muitas vezes, é uma pessoa com muitos, mas muitos problemas, e inevitavelmente a casa, o clima do ambiente, até as coisas na casa refletem isso.
Algumas outras vezes, eu tinha conhecido já o pai dela, achado ele um pouco, vamos que dizer, insistente em alguns assuntos não muito interessantes. Mas vendo ele ali, sabe, cuidando daquela pessoa entendi que ele no fundo é muito sozinho, e fiquei muito triste por ele. Ninguem o prende ali, mas ele continua com ela, cuidando dela. Algumas coisas nos nunca vamos entender, mas nos aprendemos mesmo assim com elas.
Tive um jantar com esses amigos, e depois voltei para casa. Fui lá, e voltei, sentei, desenhei esses dois desenhos.
Minha mãe veio avisar que iria dormir, eu a abrasei, lhe desejei boa noite. Ela me perguntou se estava tudo bem, eu disse: Acho que agora sim.

Um bom dia no final das contas, como toda aventura deve ser.

Um Fusca movido a bananas, uma idéia que poderia ser muito interessante.

Os olhares na minha direção no truco.